O critério do critério do critério…

Segure-se na cadeira para ler a confusa frase a seguir:

Aos 69 anos, Emile Ratelband, empresário holandês, teve negado pela justiça seu pedido de alterar sua documentação indicando sua idade real de 49 anos.

A frase deve ter soado estranha, mas é exatamente isso!

O argumento do empresário para embasamento de sua solicitação foi no sentido de que ele não se sente com a vitalidade correspondida pela sua idade física. Mesmo se sentido discriminado após a decisão e prometendo que vai recorrer, os juízes foram relutantes ao resguardarem as regras jurídicas que reforçam a responsabilidade do ambiente normativo vigente.

Você pode estar confuso com o dilema. De fato, não parece que o impacto de

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O Grêmio ou Metafísica do Ressentimento

“Quem é esta que sobe do deserto, firmada sobre o seu amado?” Repetiu três vezes seguidas a pergunta de Machado. A resposta não fora suficiente. Mas não está só. Como se recusasse o Cônego (o conto), não compreendera que seu cérebro era outro. Tinha cérebro raivoso e desatento para minúcias eruditas.

Antes do marco profetizado no ano de 2222, atentar-me-ei para o velho estilo metafísico e regozijarei os versos antigos do estilo esquecido pelo coletivo até mesmo, por vezes, em hábitos acadêmicos – reclamo sarau e ode à obra ainda não traduzida em todas as línguas.

– Mas donde vinha tanta fúria do leitor de agora?

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Fixação Burlesca

As coisas não iam bem para a Joyce e a Selma. Um orçamento apertado, negócio capengando e o fluxo de caixa no vermelho. Realmente o cenário assustava. Mas elas não poderiam se deixar abater e continuavam a colocar toda sua energia na sociedade empresária.

Irmãs e muito amigas, as duas sempre davam muita força uma a outra e, mesmo nos momentos mais difíceis, a consciência emocional era sempre a chave fundamental no papel de apaziguar e não deixar que brigas por motivos fúteis fizessem o império da consultoria educacional construído pelas duas ruir.

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Quem deveria se comprometer politicamente?

Há um equívoco muito grande que acontece em alguns países quando se trata de política. Estou me referindo à polarização que é de tal maneira estruturada que revela o caráter patológico do fenômeno, onde algumas atitudes dos agentes podem ser considerados como “um erro”.

Antes que comecem a me fazer típicas perguntas provenientes da pedagogia, perguntas tais como “erro para quem?”, adianto que minha perspectiva sobre o problema que lançarei mão é totalmente vista por fora desse espectro dicotômico. Portanto, não tenho a pretensão de mudar a realidade, me metendo ser uma espécie de engenheiro social de gabinete. Apenas denunciar um erro.

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Contrapé

Hoje acordei com o pé esquerdo. Fui dormir ansioso porque encaro meu primeiro dia de faculdade. O primeiro revés foi uma espinha no meio da testa. Não deu outra, o apelido pegou:

– Fala, Espinha, tem um Carlos atrás de você! Hahaha…

Eu não me julgava possível naquela situação. Acreditei piamente que na faculdade iria ser diferente. É que eu estava tão positivo… Só que mais uma vez acordei com o maldito pé esquerdo.

No intervalo, peguei a fila da cantina para comprar uma coxinha, mas logo fui avisado de que me encontrava na fila errada. A certa era a da esquerda. Foi-se inutilmente um tempão!

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